segunda-feira, 4 de abril de 2011

...

Amor sem nome, amor que não consome
Amor inteiro, amor que cala o desespero
Amor sem pressa, amor que nunca cessa
Amor latente, amor que todo dia aprende
Amor sem razão, amor que acalma o coração
Amor estranho, amor que entra nas entranhas
Amor sem definição, que só pode ser o que já é

sábado, 2 de abril de 2011

Vagar

No meio daquela tarde
Em um pedaço de cama
A lentidão fugaz
Do prazer de tocar
Invade os corpos
Nus
Aquecidos
Entorpecidos
No meio daquela tarde
Em um pedaço de sol
A liberdade inebriante
Do prazer de se entregar
Arrasta os corpos
Nus
Destemidos
Enternecidos
Naquele instante de calor
Cada pedaço se multiplica
Músculos tensamente relaxados
Contraem e enrijecem
Molham e se molham
Nus
Estendidos
Incandescidos
Naquele instante de fervor
Cada um
Dois
Absolvidos pela vontade
Sem culpa de estar
Conectados para o prazer
Naquele instante de ardor
Cada dois
Um
Absorvidos pela luz
Que delicada
Toca pedaços de pele
Na tarde daquele sol
Um pedaço de cama
Aquece as entranhas
Prepara o êxtase
Na tarde daquela cama
Um pedaço de sol
Espalha o desejo
Altera os sentidos
E transforma o tempo
Em um pedaço
De eternidade

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